segunda-feira, 30 de março de 2009

O episódio da baba azul


Eu tinha 13 anos e meu irmão já tinha feito 11. Há anos tínhamos um gato em casa, o Peter, vira-latas mesmo, mas de tão grande e gordo, mais parecia um gato da raça angorá. Ele era branco com algumas poucas manchas pretas, peludo e vivia deitado em cima da televisão da sala lá de casa. Era manso, carinhoso e completamente apaixonado pelo meu irmão. E vice-versa. Não sei bem como ele apareceu lá em casa, mas certamente foi Marcelo, o meu irmão, quem arrumou o bichano. Até porque eu sempre fui adepto de bichos soltos ou então no zoológico. Mas como a casa não era só minha e minha mãe fazia todas as nossas vontades, as vontades do meu irmão de ter cachorro, gato, rato de laboratório, pato, peixe, tartarugas e periquitos eram sempre satisfeitas. Isso tudo num apartamento de sala, dois quartos e sem varanda. Imaginou a situação? Mas até que do Peter eu gostava. Não incomodava ninguém. Era limpinho. Cheiroso até.
Só que um dia ele morreu. Foi assim: meu irmão adorava o gato e o gato estava sempre onde meu irmão estivesse. Um belo dia meu irmão abraçou o gato e rodou com ele na cama, como um casal de namorados apaixonado. Na certa o gato se desesperou, sentiu que ia ser esmagado e nhac! Deu-lhe uma mordida no rosto, bem naquela bolsa abaixo dos olhos, sabe? Foi um desespero, um quiprocó, um bafáfá. Meus pais ficaram tão nervosos que resolveram que o Peter não chegaria mais perto do Marcelo. Se o Marcelo estivesse no quarto, a porta estaria trancada; no quarto da minha mãe, que tinha uma janela que dava pra sala, porta e janela fechadas. O Peter, coitado, ficou louco. Queria porque queria ficar perto do Marcelo até que um belo dia ele pulou da janela da sala para a janela do quarto da minha mãe, só que a tal janela estava fechada e o gato bateu com a cabeça no vidro e acabou caindo do terceiro andar. Imagine o drama e a choradeira de todos lá em casa.
Para completar a tragédia poucos dias depois eu resolvi sacanear o meu irmão e enquanto ele dormia eu pintei sua boca com uma tinta azul. Meu pai naquele tempo já não morava mais lá em casa, mas pelo fato da mordida do gato e do gato ter morrido, os médicos pediram que meu irmão ficasse em observação e lá estava meu pai de prontidão. Naquela madrugada, ao fazer a ronda pra ver se estava tudo bem, meu pai deu de cara com meu irmão babando... azul. Lembro que acordei com os gritos de "Lígia... Marcelo está babando azul!". Minha mãe levantou assustada, na certa já com um terço nas mãos e começou a fazer suas orações. Tenho até hoje a imagem do meu pai colhendo a baba do meu irmão com um lenço branco que foi direto para exame num laboratório assim que o dia amanheceu. Eu, claro, fiquei apavorado com o desespero dos meus pais e calado estava, calado fiquei, com medo de que sobrasse pra mim.
O resultado do exame foi algo como "substância salivar fluorescente não identificada" ou qualquer coisa parecida e por conta disso meu irmão teve de tomar uma série de injeções na barriga. Afinal, ser mordido por um gato, este gato morrer e a pessoa começar a babar azul era mesmo preocupante. Eu só contei a verdade desta história muitos anos depois, num almoço em familia e com a presença da minha madrinha, como se ela fosse garantia de que eu não apanharia do meu pai.
Na verdade eu nunca apanhei dos meus pais. Se tivesse apanhado talvez não teria feito metade das coisas que eu fiz. Ou então teria feito muito mais, né? Vai saber...

domingo, 29 de março de 2009

osgemeos


Sexta-feira, 27 de março, 17h. Fazia um certo tempo que não entrava no Centro Cultural Banco do Brasil. Nem lembro qual teria sido a última vez. E isso também pouco importa. O certo é que nesta sexta fui ao CCBB para ver a exposição dos gêmeos Gustavo e Otávio Pandolfo, os quais eu já conhecia desde uns grafites que vi em São Paulo há pelo menos uns 4 anos. A exposição ocupa apenas duas salas do segundo andar do centro cultural e o que poderia parecer pequeno, cresce quando a questão passa a ser o universo imaginário dos irmãos que começaram pintando muros do bairro paulistano do Cambuci. Os personagens grafitados nas obras têm olhos ingênuos, de traços simples, mas profundos ao retratarem a realidade do que se vê ao redor de suas imagens. E a riqueza dos detalhes, o colorido, o inusitado e a interatividade com a obra dos gêmeos torna tudo ainda mais surpreendente.

Numa das salas reservadas à exposição, o que parece ser apenas alguns rabiscos nas paredes, revela uma mistura entre poesia e artes plásticas, gerando curiosidades, surpresas, emoções e até mesmo um certo incômodo, seja no que se vê, se toca, se sente ou se lê. No meu caso foi a frase escrita numa das paredes que dizia mais ou menos assim: "... quando se começa a andar em círculos é porque todo o resto está errado."

Eu acho que já andei em círculos. Acho, não, tenho certeza. E tudo estava mesmo muito errado. Já faz um tempo que tento andar em linha reta sabendo que não posso fugir das curvas nem dos altos e baixos desta caminhada. Só não poderia imaginar que seria por conta de uma exposição que todos estes pensamentos se dariam na minha cabeça. Daí que eu recomendo uma exposição de vez em quando. Portanto, corra para o centro cultural mais próximo de você!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Zona de desconforto


Foi na madrugada de sábado para domingo que eu ouvi pela primeira vez que eu tenho o dom de deixar certas pessoas em zonas de desconforto. Concordo. Tenho mesmo este dom. Mas há de se concordar também que estas certas pessoas têm o dom de se deixarem levar para zonas de desconforto de uma maneira muito fácil. Não sei se é por conta da minha sensibilidade exarcebada, mas eu reconheço muito rápido as fraquezas de uns e de outros e alguns acham que me aproveito disso. Para o bem e para o mal. Mas não é verdade. Não me aproveito não e muitas das vezes eu acabo me vendo em situações delicadas, mal entendidos, discussões e até mesmo objeto da ira de muitos. E, cá pra nós, não é nada agradável ser motivo de manifestações de ódio explícitas.
Na verdade estas pessoas que se sentem atingidas por mim costumam ser pessoas mal resolvidas, preconceituosas consigo mesmas, com suas convicções fragilizadas, crenças desacreditadas e um imenso mal estar interno constante. Ou seja, eu não tenho culpa de nada. E nem se quisessem me fazer sentir culpado conseguiriam. Porque nada, ou quase nada, me deixa em zona de desconforto.
No mais, procurem um psicólogo. Ou melhor, um psiquiatra!

terça-feira, 24 de março de 2009

Microsoft se rende ao Twitter


O Twitter completou 3 anos esta semana e de presente anunciou uma parceria com a Federated Media, patrocinada pela gigante Microsoft. O negócio, anunciado nesta segunda-feira, dia 23 de março, pelo microblog, tornou-se a primeira iniciativa publicitária no site.

A novidade da iniciativa é o serviço ExecTweets, que disponibiliza perfis de executivos e indica profissionais os quais os usuários deveriam seguir, além de um sistema de votação para que os visitantes escolham os posts mais interessantes.

A idéia da Federated Media é lançar outros projetos similares com diversos anunciantes e o ExecTweets representa uma tentativa do Twitter faturar com sua base de usuários para se sustentar financeiramente sem depender dos investimentos em capital de risco.

O certo é que a Microsoft exibirá sua marca no Twitter. Já o valor pago pela companhia não foi divulgado. O certo também é que eu não tenho um Twitter. Ainda... e vc?

sexta-feira, 20 de março de 2009

Encurtando distâncias


Desde que eu comecei a sentir o peso da idade chegar mais perto parece que todo o resto ficou mais longe. Se aos vinte e poucos anos eu achava tranquilo me locomover do Méier ao Leblon de ônibus a hora que fosse, hoje em dia, aos 40, penso duas, três, quatro vezes antes de sair de casa, mesmo que de carro.

Sinto falta dos meus amigos, isso é verdade. Hoje mesmo Fred e Raul me ligaram logo cedo para ver se rolava da gente se encontrar. Não rolou. Quem sabe semana que vem? Hoje também falei com o Henrique, outro grande e velho amigo com quem já não me encontro desde dezembro, quando minha turma de faculdade resolveu comemorar os 20 anos de amizade. Por sorte temos email e telefone celular que é pra distância ficar menor. E mesmo assim muitas vezes falta tempo pra gente escrever umas poucas linhas ou dar um alô.

Isso tudo me lembra um filme que vi há mais de uma década, "Denise está chamando", onde os personagens, todos amigos, não tinham mais tempo para se encontrar e só se comunicavam através de telefonemas e mensagens eletrônicas. Não havia mais tempo para uma conversa fiada cara-a-cara ou um encontro de fim de tarde num barzinho qualquer. Todos eram too busy, isolados e distanciados pelo sistema. E tudo isso ainda soa muito estranho pra mim.

Mas pode ser que com o tempo passando e a idade se aproximando cada vez mais rápido eu me acostume com tudo isso. Pode ser até que eu me isole e que só me comunique com o mundo através do meu lap top. Pode ser...

quinta-feira, 19 de março de 2009

House of Cards e as Infinitas Possibilidades


Amanhã tem show do Radiohead aqui no Rio. Vai ser na Apoteose. Eu não vou. Também, com ingressos a R$200,00, eu só iria se conseguisse algum convite. Bem que eu tentei com alguns amigos que trabalham em rádios e gravadoras, mas infelizmente não rolou. Tudo bem. Eu tenho quase todas as músicas deles baixadas no meu mp3 e passei o dia inteirinho de hoje ouvindo o som dos caras, especialmente a música House of Cards. Se fosse LP garanto que já teria furado de tanto que eu repeti a mesma faixa. Por sorte não é. E por sorte a tecnologia me permite ouvir quantas vezes eu quiser e bem entender. Basta eu programar. Assisti também ao clipe no Youtube enquanto conversava com um amigo que está em Londres, o Silvino, e que tem me dado uns toques bacanas a respeito de produção de vídeos para Internet. Aliás, cada vez mais me dou conta das infinitas posibilidades deste mundo virtual chamado Internet. Estou completamente fascinado. E olha que Internet não é novidade pra mim desde 1998, quando trabalhei numa assessoria de comunicação do mercado financeiro e só nos comunicávamos via emails; depois foram mais 4 anos pelo menos de Microsoft e todas as manhas do MSN e da linguagem html. Posso afirmar sem medo de errar que não há nada mais democrático. E cada vez mais tenho a certeza de que não há nada mais promissor, principalmente em se tratando do mercado audiovisual.
Mas voltando ao Radiohead, procure por House of Cards no Youtube. O clipe é sensacional. Uma verdadeira viagem. Viaje você também. Ou então vá ao show e depois me conte.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Cigarrinho do Obama


O cigarrinho do capeta eu conheço faz tempo... mas esse do Obama?! Tremenda viagem à minha infância. Quem diria onde esse garoto ia chegar, né não?

sexta-feira, 13 de março de 2009

O Apocalipse ou A Crise Anunciada


Há uma enorme crise assolando a economia mundial e já faz um tempo que só se fala nisso. Não sei se foi ontem ou anteontem que uma matéria no Jornal Nacional revelou que já existem favelas nos EUA; há algumas semanas o Fantástico mostrou que o Japão está quebrado; mês passado foi a vez da Inglaterra assumir que sua economia está em recessão; a cada dia milhares de novos desempregados no mundo inteiro; as guerras não terminam e outras tantas se anunciam. Isso me dá o maior desespero.

Conversando com uns amigos hoje na hora do temporal (caiu um temporal e tanto no Rio de Janeiro hoje, sexta-feira 13, por volta das 19h), na varanda da agência/produtora, no Leblon, o assunto crise, claro, veio à tona. O que começou com um papo sobre o futuro das produções de Hollywood em tempos de vacas magras terminou com uma visão catastrófica do mundo em que vivemos. Do nada um virou-se e disse que estava na hora da China atacar os Estados Unidos, pois este nunca esteve tão vulnerável; o outro afirmou com todas as letras que cedo ou tarde a Coréia do Norte vai atacar o Japão porque é assim desde que o mundo é mundo. E se pararmos para pensar é a mais absoluta verdade. O homem sempre viveu em guerra.
Desde pequeno que eu tenho o maior medo deste tal de fim de mundo. Não que eu tivesse medo de morrer, mas sim de que maneira isso poderia acontecer. Houve uma época que eu tinha paranóia com inundações, pois eu tenho o maior grilo de morrer afogado. Morte lenta. Esquisita. Se é para escolher, que caia o avião e eu exploda dentro, mas que meu barquinho nunca afunde e que eu não fique preso num compartimento vendo a água chegar no meu nariz, feito aquele filme O Destino do Poseidon, lembra?
Na minha adolescência apareceu lá em casa um livro sobre as profecias de Nostradamus e eu olhava pra ele meio que de rabo de olho. Nunca quis ler sequer uma página que era para não ficar impressionado. Eu preferia acreditar num futuro mais bonito por mais que o cenário fosse o pior possível. Hoje eu vejo que a coisa está realmente muito feia mas eu ainda tenho tantas coisas para realizar por aqui que não é possível que tudo acabe antes do fim. Eu torço pela prorrogação que é pra eu poder marcar meu gol e deixar o campo mais tranquilo. Pra eu deixar um mundo mais sereno pros meus filhos. Um mundo mais simples. Sem crises e muito mais cheio de amor. Porque é nisso que eu acredito.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Sina


Se o Caetano pode djavanear e o Djavan pode caetanear, a Neusinha também tem todo o direito de lamuniar. E que isso fique bem claro!

Quiche do Amigo Aqui


Faz uma semana que recebi duas amigas muito queridas aqui em casa, Denise e Neusinha. A Denise é quase irmã, sei lá, pois nos conhecemos desde muito pequenos, moleques mesmo, ainda na infância; a Neusinha eu conheci há exatos 21 anos, quando entramos na faculdade, cheios de sonhos e a certeza de que o mundo era nosso. Hoje, passado tanto tempo, vejo que continuamos sonhando, só que matando um leão por dia para conquistar nosso lugar nesse mundinho que na verdade é de meu Deus.
Não mudamos muita coisa: uma careca aqui, um pouquinho de barriga ali e uns fios de cabelos brancos acolá, mas de certo mesmo só a amizade. Eu e Denise praticamente nunca nos desgrudamos em todo este tempo. Cá pra nós, são mais de 30 anos de amizade e cumplicidade e histórias e risadas e livros e cds roubados um do outro e por aí vai. Eu e Neusinha ficamos um tempo sem nos ver e eu jurava que jamais iria encontrá-la de novo, mas amizade é amizade, e como diz o Fred, meu grande camarada, a memória afetiva não nos deixa esquecer daqueles que nos são realmente queridos. Portanto já não sei quanto tempo faz que voltamos a nos ver e a nos falar com frequência. Uma frequência sem cobranças, como deve ser toda e qualquer relação saudável entre amigos que se amam. O mais legal é que hoje os filhos dos amigos são amigos dos meus filhos. Mas esta é uma outra história que está só começando.

E foi para estas minhas duas amigas que eu fiz a receita que segue abaixo, que vou batizar de "Quiche do Amigo Aqui", ok? Anote os ingredientes. É molinho de fazer!

Ingredientes para a massa:
2 tabletes de claybom (200 gr)
400gr de farinha de trigo

Amasse bem com as mãos até obter uma massa homogênea e forre um tabuleiro sem precisar untar. Por acaso aqui em casa rola aquele tabuleiro que solta o fundo, próprio para tortas, mas se você não tiver, no problem. Manda ver num tabuleiro normal mesmo ou num pirex. Leve ao forno alto assim, sem recheio, para assar por uns dez minutos.

Ingredientes para o recheio:
1 1/2 copo de leite + 1 colher de sopa de maisena
400gr de queijo minas
100gr de queijo parmesão de boa qualidade
3 ovos inteiros
Sal e pimenta a gosto
E tudo mais o que tiver na sua geladeira e você achar que vai cair bem como recheio
Bata tudo no liquidificador

Eu costumo sair catando todos aqueles restos de queijo que estão ficando duros na geladeira; se tiver salame fatiado eu também jogo no liquidificador e misturo no recheio; presunto; requeijão; queijo gorgonzola e por aí vai.

No mais, derrame o recheio sobre a massa que já ficou uns minutos no forno e deixe assar por meia hora em forno médio ou até você espetar um garfo ou um palito de fósforo no recheio e o mesmo sair sequinho.

Sirva quentinho com uma salada verde.

Perguntem pra Neusa e pra Denise se não fica bom pacas!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Um homem e dois corações


Morre o homem com dois corações. Esta era a manchete da notícia que acabei de ler na internet. Foi em São Paulo, onde o tal homem havia se submetido a um transplante para receber um coração de doador, que funcionaria ao lado do original, já comprometido, porém ainda com batimentos.


A história da doença do homem não tem nada de romântica e muito menos engraçada. É trágica e tão cheia de complicações que até mesmo os médicos se enrolam para explicar. O que me chamou a atenção foi o fato do homem ter dois corações e se isto o conferia a qualidade de saber amar mais que eu, que só tenho um coração. Ou mais que você. Ou mais que todos nós.


É claro que parto de uma enorme licença poética para pensar assim. Além do mais, não sei se já te disse, mas antes de qualquer coisa eu sou poeta. E nós, poetas, amamos demais e então nossos corações batem num ritmo diferente. Daí que quando eu li a manchete imaginei logo a história de um poeta que amava mais que os demais porque tinha dois corações. E aquele poeta havia morrido porque os dois corações transbordavam tanta emoção que esta mesma emoção acabou com a sua razão. E não há desculpa quando a gente perde a razão.

Mas e nós, poetas, precisamos mesmo da razão?

sábado, 7 de março de 2009

Dia 8 de março, um dia só para elas


Sim, um viva às mulheres! Às que nos aturam, que nos paparicam, que nos botam no mundo (Salve Dona Lígia!), que nos fazem ir à luta, que nos botam no colo. Sim. Mil vivas às mulheres! Às que dividem as contas, que seguram a barra, que chegam junto, que nos dão as mãos, que são nossas amigas, companheiras, amantes, confidentes.
Hoje as mulheres são mais do que mães e donas-de-casa. Hoje elas estão no mercado de trabalho conquistando cada vez mais espaço. Espaço que até então era nosso, dos homens. De certo que tudo isto acirrou a disputa e a guerra entre os sexos. Hoje elas dirigem empresas, controlam suas próprias vidas (tá certo, algumas também controlam a vida dos filhos e maridos), fumam, se estressam, amam, desamam, mandam, desmandam. Levam, eu diria, vida de homem. E digo isto sem um ranço sequer de machismo. É apenas uma constatação. Até porque, minha mulher já confessou várias vezes que queria ter vida de madame. Quem sabe eu não ganho na mega sena na semana que vem? Por ora, dou graças a Deus que ela trabalhe. E dou graças a Deus também por ter esbarrado com ela aqui nesta vida. Se eu puder escolher, quero encontrar com ela nas próximas.
No mais, quando é mesmo que se comemora o Dia Internacional do Homem? Ou será que não merecemos?

A Rastros Filmes está no ar!


Estou sumido, eu sei. Faz mais de duas semanas que não publico uma linha sequer neste meu blog. Mas não foi por falta de inspiração não. Várias coisas aconteceram e eu presenciei outras tantas que valeriam as mais divertidas histórias, a começar pelo sumiço da Jujuba, a calopsita da minha vizinha do sétimo andar na manhã desta última quinta-feira. Foi o acontecimento da semana aqui no meu condomício (condomínio + hospício!), podem acreditar e podem me cobrar a história mais tarde porque eu faço questão de contar pra vocês.

Mas acontece que o ano acabou de começar pra valer, tem feito um calor senegalês por estas bandas de cá e finalmente parece que o trabalho vai começar a bombar. Não sei se vocês já sabem, mas montei uma produtora com mais 3 amigos e nossa relação tem ficado mais intensa. São projetos, projetos e mais projetos e no meio disso tudo eu ainda tento ganhar um troco fazendo uns programas de tv para partidos políticos. A coisa tá preta e esta crise não é marolinha nem aqui nem na China. Portanto, vou aproveitar este espaço aqui pra dizer que estou de volta e fazer minha propaganda. A Rastros Filmes está no ar. Visitem nosso site: http://www.rastrosfilmes.com.br/