Veleiros à espera do vento por tanto tempo,
nesse mar-amor-amar que nunca teve fim.
Alma que se sabe infinita essa minha.
A que mergulha no lado mais profundo
e reconhece um mundo, o meu, sob essas ondas, marés,
correnteza de frases tão bonitas, quase perfeitas.
Palavras escritas sobre finos grãos de areia.
Nossos nomes-horizontes, lado a lado, de mãos dadas,
um risco-coração e a certeza de que isso também vai passar.
Logo eu, corpo-água-sentimento, com o que mais posso sonhar?