quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Veleiros

Logo eu, alma-oceano, a transbordar de mim. 
Veleiros à espera do vento por tanto tempo,
nesse mar-amor-amar que nunca teve fim. 

Alma que se sabe infinita essa minha.

A que mergulha no lado mais profundo 
e reconhece um mundo, o meu, sob essas ondas, marés, 
correnteza de frases tão bonitas, quase perfeitas. 

Palavras escritas sobre finos grãos de areia.  
Nossos nomes-horizontes, lado a lado, de mãos dadas, 
um risco-coração e a certeza de que isso também vai passar.

Logo eu, corpo-água-sentimento, com o que mais posso sonhar?