e eu tenho andado em silêncio
tentando entender o que se passa ao redor.
Se lá fora o caos,
já encontrei vários de mim por aí.
Perdidos, todos.
Tolos, cegos, loucos.
Muitos deixei para trás,
outros seguem comigo.
Já são meus amigos,
pouco importa onde eu vou.
Eles sabem de tudo,
nunca perguntam quem sou.
Eu, um homem, de fato,
de carne, de osso,
argamassa, barro, construção.
Operários de mim.
Com eles vou construindo meu templo
e sigo pisando firme nesse chão.
Sou cabeça, tronco, membros,
sou tantas outras possibilidades.
Sou mosaico, sou inteiro.
Tudo aquilo que não é pela metade.
Tudo aquilo que não é pela metade.