terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Tudo de bom pra todos!


2009 já está acabando, graças a Deus. Vou tirar uns dias pra descansar, dar uns mergulhos, pegar um bronze e esquecer este ano que termina. Prometo não demorar. Eu volto logo. E que 2010 seja uma verdadeira explosão de alegrias para todos nós. Até lá!


sábado, 26 de dezembro de 2009

Receita de última hora ou o bacalhau da Célia


Conheço gente que só de ouvir a palavra sogra se arrepia dos pés à cabeça, sente náuseas, muda o humor e o escambau. Eu não. Minha atual sogra, aquela lá do episódio da porta do banco que já postei aqui, é gente boa até dizer chega. Nunca se meteu na minha vida, sempre me tratou muito bem e apesar de termos morado sob o mesmo teto durante quase 7 anos, nunca tivemos um arranca-rabo sequer. Tudo bem que o apartamento era um verdadeiro latifúndio e a gente só se esbarrava na hora das refeições, mas mesmo assim, foram quase 7 anos de convívio pra lá de harmonioso. E, cá pra nós, quem é que nunca ouviu histórias de genros que detestam as sogras ou noras que sofrem nas mãos das mães de seus maridos?


Quem me conhece sabe que eu estou casado pela segunda vez e que a sogra a que me refiro é mãe da minha atual mulher, mas a minha ex-sogra, mãe da minha primeira mulher, também não era de todo ruim. Nunca moramos sob o mesmo teto, é verdade, e acho que se isso tivesse acontecido ou eu ou ela não estaríamos vivos para poder contar esta ou outra história qualquer. Até porque, tanto eu quanto ela somos geniosos, temperamentais e, por que não?, explosivos. Sorte que meu primeiro casamento não durou muito e o tempo fez com que só as boas lembranças ficassem guardadas na memória. Pelo menos na minha. Eram muitas piadas, muita animação, muita alegria, um certo escracho e as gargalhadas, tanto as minhas como as dela, que ecoam na minha cabeça até hoje. Fora os palavrões que aprendi com ela que, juntos, não caberiam neste post. Melhor assim.


Mas já que estou falando só das boas lembranças, esta semana que passou, fiquei na dúvida que tipo de bacalhau eu ia fazer para a ceia do Natal. O com batatas, cebolas e pimentões amarelos e vermelhos já faz parte da tradição e não pode faltar, só que eu queria uma outra receita, uma receita surpresa. Ano passado fiz um com purê e catupiry, que ficou sensacional, mas eu não ia repetir. Foi então que lembrei da Célia, minha ex-sogra, e do bacalhau que ela sempre fazia. Nunca mais esqueço da primeira vez que provei. Foi amor à primeira garfada. Daí que eu não pensei duas vezes e mandei um scrap pra ela via orkut solicitando a tal receita. Ela de pronto me respondeu e mandou a receita pelo meu filho, o número 1, que é seu neto. Como eu sou gente boa pra caramba vou socializar a receita com vocês. Afinal, daqui a poucos dias teremos a festa de Réveillon e quem sabe vocês não se animam a testar uma receita diferente? Eu chamo de "Bacalhau da ex-sogra", mas se vocês quiserem podem chamar de "Bacalhau da Célia" e fica tudo certo. Lá vai:

Ingredientes:

1/2 kg de bacalhau dessalgado e desfiado
1/2 kg de grão de bico (cozido e de molho de véspera)
1 lata de creme de leite com o soro
1 garrafa pequena de leite de côco
1 cebola grande ralada
3 dentes de alho
1 tablete de margarina
queijo ralado

Modo de Fazer:

Bata a cebola e o alho no processador e refogue numa panela funda com a margarina; coloque o bacalhau desfiado e mexa bem; jogue o grão de bico já cozido e escorrido e mexa bem; coloque o leite de côco e o creme de leite (nesta ordem) e espere levantar fervura; arrume tudo num pirex, polvilhe queijo ralado e leve ao forno para dar uma gratinada. Sirva com arroz branco. É fácil de fazer e fica divino. Esperem aí... divino não combina com ex-sogra, né? Então tá. Fica é delicioso mesmo e pronto!

Qualquer dia eu publico aqui a receita de camarão com catupiry que aprendi com ela. Só de lembrar me dá água na boca. Podem me cobrar.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Retrospectiva 2009


2009 foi um ano estranho pra caramba. Pelo menos pra mim foi. Resolvi parar de fumar e realmente parei; sempre bebi pouco, mas por conta da Lei Seca bebi menos ainda; abri e fechei uma produtora. Comi demais, malhei de menos e passei boa parte do ano cansado de uns e outros; quase não vi meus amigos, mas fui a São Paulo visitar meu irmão; fiquei sem dinheiro, o que não é novidade, e tive a sensação de que trabalhei em vão; minhas entradas já viraram saídas e ganhei umas rugas de expressão que eu sei que nunca mais vão me abandonar; meu padrinho morreu de repente; o vice-presidente fez não sei quantas operações em sua luta contra um câncer; Dilma é candidata mas está doente; Michel Temer deve ser o vice e eu me pergunto se não devemos ter medo que ele assuma se, por um capricho do destino, a superministra bater as botas, numa reedição da chapa Tancredo x Sarney? Dá-lhe PMDB!

Na tal da COP-15, em Copenhague, o tempo não esquentou. Lá, com os termômetros marcando em média 15 graus negativos, as autoridades responsáveis pelo planeta não conseguiram chegar a um acordo para tentar conter o aquecimento global. Afinal, uns dois graus a mais lá pelo hemisfério norte até que não seria nada mau, eles devem ter pensado. Garanto que se o encontro tivesse acontecido em Bangu, em pleno verão carioca, os caras teriam chegado a um acordo. Por falar em acordo, a guerra no Oriente Médio continua firme e forte. Obama, que assumiu que não é o cara, parece ter assumido de vez seu lado bélico e continuou enviando tropas para o front. Mas não foi ele o Nobel da Paz deste ano? Esquisito esse 2009...

A crise veio e não foi só marolinha. Tudo bem que poderia ter sido muito pior e em alguns lugares do mundo foi mesmo, mas o desemprego aqui é grande, as boas oportunidades estão cada vez mais raras, a violência estancou de vez, a polícia foi derrubada em plena guerra urbana do Rio de Janeiro, o governador não quer saber de câmeras de vigilância nas viaturas da PM, o prefeito assumiu (ôps) que é xerife _ eu disse xerife! _ e estabeleceu o tal do choque de ordem. Lei Seca. Lei antifumo. Não pode isso. Não pode aquilo. Funk agora é patrimônio cultural. O crack está nas ruas e nas casas de classe média. O Vasco é campeão brasileiro da segunda divisão. Flamengo é hexa, mas há controvérsias. Fluminense se livra do rebaixamento num campeonato que vai ficar para a história. Enquanto os botafoguenses só encontraram o caminho do Engenhão no último jogo da rodada. Não é estranho?

A campanha eleitoral começou mais cedo. O espetáculo do crescimento ainda não deu o ar da graça. Serra não se decide. Aécio não quer ser vice. Marina surge como opção enquanto o Ciro continua destemperado. Dilma está nos palanques Brasil adentro. Lula passou mais de 80 dias fora do Brasil. Veio o Sarcozy com a Carla Bruni; veio o Ahmadinejad com suas polêmicas; Zelaya tirou uns meses de férias na nossa embaixada em Honduras; Chávez curtiu; Lula pelo visto também. Fidel ainda não morreu. Cesare Battisti continua por aqui. Não quer voltar pra Itália onde o Berlusconi perdeu dois dentes mas ganhou popularidade. A do Lula continua na casa dos 85%. A oposição parece que não sabe o que fazer. Nem eu.

Teremos Olimpíadas em 2016, Copa em 2014, mas talvez o mundo acabe em 2012. Antes disso eu pretendo ficar rico, viajar com minha mulher e meus três filhos, ajudar a quem for preciso, rir um bocado, ver bons filmes, curtir um pouco mais os meus pais, agradecer por estar vivo e escrever muitos textos aqui neste blog, que foi uma das coisas mais bacanas deste 2009. Pelo menos pra mim... ou será que você acha isso tudo que eu escrevo esquisito?

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

A rabanada do Natal e a melô do sexo anal


Natal sem rabanadas, pra mim, não é Natal. Ano passado, por incrível que pareça, esqueceram de fazer as danadas das rabanadas e o Natal quase desandou por completo. Tanto que quem tinha ficado de levar as rabanadas do ano passado sequer vai passar o Natal com a gente este ano. Isso pra vocês verem como se leva a sério esse papo de rabanadas lá em casa. São elas e os bolinhos de bacalhau, receita portuguesa legítima da avó da minha mulher, que não podem faltar. Ano passado não comi nem uma coisa nem outra, pois me atrasei e quando consegui chegar no tal Recreio dos Bandeirantes, os bolinhos já tinham acabado. Fiquei na vontade.


Mas o espírito natalino está aí e inspirado nele é que vou dar a receita das danadas das rabanadas. Nesta época parece que nossas lembranças ficam mais aguçadas e daí que eu não tive como não lembrar da minha avó paterna de pé na cozinha da casa de Pilares fritando rabanadas para uma das nossas festas de Natal. Naquele tempo a família era maior. Mais unida. A casa me parecia enorme. Minha bisa era viva e era ela o motivo para se reunir tios e primos de várias gerações. E as rabanadas eram deliciosas. Eu gostava _ e gosto até hoje _ quente, logo após a fritura. Ou então no dia seguinte, no café da manhã. Já estou aqui salivando e engordando só de lembrar. Por isso, se quiserem, anotem a receita. É de família.

Ingredientes:

1 pão de rabanada
1 litro de leite
1 lata de leite condensado
Raspas de limão
6 ovos batidos
Açúcar e canela que bastem
Óleo para fritar

Modo de fazer:

Ferva o leite com as raspas de limão. Depois de morno, junte o leite condensado e misture bem numa tigela. Corte o pão em fatias de uns 2 cm, umedeça-as no leite e passe cada lado nos ovos batidos. Frite as fatias de pão em óleo bem quente até ficarem douradas. Deixe escorrer o excesso de óleo e passe na mistura de açúcar com canela. Depois é so devorar! Engorda? Muito, mas e daí? É Natal, ora bolas!

Pra terminar, vou postar um vídeo que garimpei no Youtube dia desses. É de um comercial que passava na minha infãncia nesta época de Natal e eu adorava. Mais tarde, por pura maldade, virou melô do sexo anal. Mas e daí? A verdade é que ouvi a música sábado no coral do colégio dos meus filhos menores e fiquei na maior nostalgia, pra variar. Espero que vocês gostem tanto quanto eu da música e do comercial e esqueçam o sexo anal, ok? No mais, Feliz Natal pra todos!



segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

O futuro, o presente e as coisas que não fazem sentido


Depois de uma semana de intenso calor, o sábado amanheceu preguiçosamente chuvoso. Era dia de levar meu filho, o número dois, ao curso de desenho no Parque Lage e tudo o que eu não queria naquela manhã quase fria era ter de dirigir até o Jardim Botãnico. Mas, como pai e bom incentivador dos dotes artísticos da minha prole, lá fui eu. A mãe não quis nos acompanhar desta vez. Nem o filho número três. O número um ia encarar a prova do ENEM, finalmente. Ele escolheu fazer Direito. A namorada dele parece estar satisfeita _ com e sem trocadilhos, diga-se de passagem. Só me resta aguardar o resultado para saber se terei de morrer numa grana por mais 5 anos para arcar com as despesas de uma faculdade particular. Mas para isso eu já estou me preparando, mesmo que psicologicamente.

O trânsito estava tranquilo e chegamos, eu e número dois, com uns dez minutinhos de atraso apenas. Para minha surpresa a aula iria terminar a uma da tarde e não ao meio-dia, como eu havia pensado. Ligo pra Claudia e aviso que vamos nos atrasar para o almoço. Ligo pro Fred, meu amigo, pra saber se ele topa dar um pulo comigo na casa do Raul, ali perto, pra tomarmos um café e colocarmos o papo em dia. Ele não atende. Nem celular nem em casa. Na casa da Roberta, do Mino e do Gus, que é praticamente no quintal do Parque Lage, todos dormiam. Falei com Josephine. Em inglês. Ela entendeu tudo o que eu disse e eu também entendi tin tin por tin tin o que ela falou. Só não entendi por que acertei apenas 3 questões na prova de inglês do BNDES. Melhor deixar pra lá. Pensei em ligar para o Henrique, mas ele está sem carro e de certo que estaria enrolado com a Gabi. Afinal, era sábado. Raul estava em casa preparando uma carne para assar.

_ Vem pra cá agora, ele disse. A gente toma um café, completou.

Este ano já perdi a conta das vezes em que fui na casa do Raul. Sozinho ou com outros tantos amigos de mesma longa data, é sempre um programa agradável. Neste sábado não foi diferente. Ao sair do elevador a porta do apartamento já me esperava entreaberta. Lá dentro Raul estava terminando de postar no seu blog, www.puxadinhodoraulzinho.blogspot.com, do qual sou seguidor. Por sobre a mesa uma infinidade de livros que ele pretende ler até a data da prova do mestrado, talvez ano que vem. Também penso muito em fazer mestrado. Ele me diz que eu devo encarar. Mas ainda vou pensar mais um pouco. Preciso resolver outras coisas que são prioridade em minha vida.

Antes de passar o café e embalados num papo ótimo, ele me apresentou ao blog de um Ph.D. em comunicação digital e professor da ECA-USP, Luli Radfahrer (http://www.luli.com.br/), e que muito me impressionou. Numa linguagem simples e direta, Luli tece as mais variadas considerações a respeito de design, criatividade digital, tendências e inovação, temas que muito me atraem. Bastou eu citar um projeto que venho desenvolvendo com outro amigo, o Romano, e Raulzito mandou que eu prestasse atenção num vídeo que ele iria me mostrar e que está disponível no blog do Luli. Chamou minha atenção pela visão de futuro e tem mais a ver com design do que com mídias sociais ou qualquer outra coisa que me interesse no momento. Mas as ideias de futuro estão todas lá. Certas ou não. E quem não acompanhar o que está acontecendo agora pode dar adeus ao futuro, pois vai viver o resto de seus dias preso ao passado, ao obsoleto, ao raso e a tudo o que não faz mais sentido.








Depois do vídeo, o café na mesa da cozinha. Atrás de mim um canteiro cheio de brotos de manjericão perfumava levemente o ambiente e o vento fresco daquele final de manhã, regado a uma boa conversa e a certeza de ter bons amigos, me fizeram acreditar ainda mais no que eu quero para o meu futuro. Como diz Luli no seu blog, "o futuro é igual ao presente, tirado dele as coisas que não fazem sentido". E não é de hoje que eu tenho procurado me livrar do que não faz sentido em minha vida.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

O futuro já começou... na vinheta de 1978!

Hoje li num jornal, acho que no O Globo, uma nota criticando a vinheta de final de ano da Rede Globo que está no ar há mais ou menos uma semana. Dizia que exploraram poucos artistas da casa desta vez e parece que o ritmo do hip hop também não andou agradando. Confesso que eu gostava mais das vinhetas antigas. Mas eu faço o tipo saudosista mesmo e talvez vocês não devam levar em consideração. Mas a verdade é que fui garimpar no Youtube e achei esta preciosidade que resolvi publicar aqui no meu blog. É do final do ano de 1978, o elenco da vênus platinada estava todo, ou quase todo, lá. Da saudosa Dina Sfat à desaparecida Lídia Brondi, gatinha e de biquíni; de Grande Otello a Miéle (ele sempre me lembrou o Minotauro por conta daquela cabeça tamanho família); o casal Tarcísio e Glória, claro, também estava lá. E sem botox, o que é mais bacana! Pra terminar, não deixem de reparar no estilão dos óculos do Chico Anísio. Figuraça! Vale lembrar que eu tinha 9 anos na época... de lá pra cá muitas águas já rolaram nestes 31 anos. Melhor nem lembrar, porque o que vale mesmo é ver esta vinheta outra vez!