domingo, 14 de novembro de 2021

Neblina

Gosto quando tudo se revela mais bonito entre vento nuvens dissipando nesse céu borrado de diferentes tons azuis. 

Eis, então, que surge o verso em pretérito imperfeito desenhando letras garrafais em algum muro no caminho, revelando outras rimas sempre bem guardadas nesse peito em descompasso, palavras repetidas tantas vezes sem sentido e sem coragem, amores em desalinho. 

O resto é o eco, o vazio. 

E a sombra da solidão que não existe mais.