De novo o barco sem rumo,
à deriva.
No peito eu carrego um nó.
E a correnteza do rio que molha meus pés
me leva até a foz do meu corpo,
que é filho d'água,
que é filho d'água,
deságua em outro corpo que também é meu.
Porque o leito que acolhe o rio é berço,
acalenta o meu caminho,
nascente de mim, enchente de mim,
estiagem de mim.
Destino.
E eu ali, parado,
feito ilha.
Um horizonte ao meu redor.
Os 15 segundos de poesia mais inesquecíveis do mundo.
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