quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Dê tempo ao tempo

Assim que ele conseguiu uma pausa para respirar depois daquela manhã agitada, 
foi que se deu conta de que a vida o levava lentamente.

Parou.
Respirou profundamente.

Uma. Duas. Infinitas vezes.

Dali a pouco era hora de recomeçar.

Não lhe era permitido perder tempo,
já que ele esquecera de sair do lugar.

No pulso, um relógio sem ponteiros
a desviar-lhe as horas.

Os segundos pulsavam presos
dentro do peito,
bombeando o sangue de areia grossa
que escorria naquela ampulheta.

Bem devagar.

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