sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Oculta

És muito mais do que isso.
És tudo aquilo que não me foi permitido.

És aquela que não vê.
A luz que clareia.
A voz doce da sereia.
O encanto do mar.

És o calor que abafa.
O fogo que queima.
A mão que me afaga.
A outra que me arranha.

És de um jeito que arde.
Morde meus lábios tensos,
Chega perto, encosta.
Mostra os seios sobre minha face oculta.

És pedra bruta.
Virgem, santa,
intensa, pouca, louca.
Puta.

És outra que não a mesma.



Um comentário:

  1. Que belo poema! Despertou-me o interesse desde o início e em seu desfecho mostra-se muito intenso!
    Adorei seu blog, fiquei aqui por algum tempo aproveitando seus textos!
    Parabéns!
    Estou seguindo seu blog.

    oiflordeliz.blogspot.com.br

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