segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Durma bem


Tenho andado com uma dor horrorosa na lombar. Acho que é por conta da minha cama. Na verdade, desde que casei com minha atual mulher, tive de mudar alguns hábitos e me adaptar a outros tantos. Assim como ela também teve. Afinal, vida a dois é isso mesmo. Ainda mais quando a gente quer viver feliz para sempre. Um cede de um lado; o outro vai e cede do outro. Acontece que eu cedi na questão colchão quando fomos comprar a cama para o apê novo. Achei que fosse me adaptar a um colchão mais macio do que de costume. Que nada!
Por conta disso, faz quase dois anos que tento mudar a minha posição na hora de dormir. Desde que me entendo eu durmo de bruços e sempre num colchão ortopédico, firme, quase uma tábua. Gosto também de dormir no chão, ainda mais se for verão. Lembro dos tempos de infância e de adolescência na casa dos primos e nas casas de praia onde passava boa parte das minhas férias. A hora de dormir era sempre um capítulo à parte e cada um dava um jeito de arrumar um canto. Fosse onde fosse. Eu curtia dormir no chão e me bastava um colchonete.
Já pensei em adotar esta prática em casa mas confesso que acho a maior sacanagem. Pagamos uma grana na cama, uma queen que tem espaço de sobra pra família acampar sobre ela, para termos conforto na hora de deitar. Não que ela não seja confortável. Pelo contrário. É ótima para assistir televisão, ler os jornais nas manhãs de domingo, tomar café na cama, namorar enrolado no edredon, suar, tirar o edredon, namorar mais um pouquinho, descansar... mas na hora de cair no sono e dormir a noite toda, de ótima ela não tem nada. Pelo menos pra mim, já que minha mulher sempre esteve acostumada a dormir em colchões deste tipo.
Talvez a saída, por ora, seja eu aceitar o rodízio imposto pelos meus filhos mais novos, especialmente o caçula, que disputa comigo um lugar ao lado da mãe dele todas as noites, além de disputar a mãe comigo em quase todos os momentos do dia. O do meio também disputa a atenção da mãe. E acho que ele sai perdendo, pois além de disputar comigo, tem o irmão mais novo e aí, já viu, né? O mais velho mora com a mãe, que é tudo pra ele. Os psicólogos dizem que é assim mesmo e eu, que sou pai de 3 homens, bem sei disso. Além do mais, sou filho, e conheço a fixação que temos por nossas mães. Até determinada idade, claro. Depois vira maluquice.
Que nem um primo do meu pai que dormia com a mãe até os 30 e poucos anos. Casou com uma mulher mais velha, óbvio, que o trata feito um filho e tal. Hoje ele beira os sessenta e acho que ainda não amadureceu. Mas isso não me diz repeito. O que me diz respeito é minha lombar e, como eu ia dizendo, acho que vou topar o rodízio de camas na hora de dormir. A cama do meu caçula é grande e o colchão é ortopédico. Já dormi lá algumas noites e foi ótimo pra minha coluna. Pude dormir de bruços numa boa.
Só não posso adotar isso como norma porque daqui a pouco meus filhos crescem, desaparecem de casa - o que também é normal - e ficamos eu e minha mulher, um em cada cama, sem saber como é dormir juntos de novo. Acho que vou começar a pensar em trocar de cama. Alguém aí quer comprar uma queen box seminova?

4 comentários:

  1. Márcio, já inventaram uma solução pro seu problema. Eles fazem uma cama personalizada com metade do colchão de um jeito e a outra metade do outro. Agrada a todo mundo. Não sei valores, mas não custa nada pesquisar. Beijo e boa sorte.

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  2. Cara, pra acabar com a dor lombar é só mudar de posição na hora do coito...pede pro negão ficar embaixo agora...desculpa, o anonimato é ótimo nessas horas!! Tira teu filho da cama q tudo se resolverá. Abs.

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  3. Tem coisas que não dá pra ceder. Colchão é uma delas.

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  4. Ô mané! Tem que trocar é o colchão, não a cama. Também não pense em trocar de mulher porque amamos a Cláudia e dispensamos você.Hehehe!
    Outra: cuidado com esse negócio de gostar de dormir de bruços: conheço gente que gostou pra sempre. Hahehehe!

    A parada de querer transar com a mãe fez o Freud querer pegar a filha. Deu no que deu. Quem deu pra quem?

    E por último: onde há vida, não há dois. Melhor morrer afogado. Hahahaha!

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