segunda-feira, 30 de junho de 2025

Seiva bruta

É só poesia o que escorre da minha pele, acredite. E meu suor é a seiva doce das raizes com as quais eu lambuzo todos os dedos vacilantes e deslizo um por um na ponta da minha língua áspera, úmida, quente, ávida por palavras que me nutrem e que eu sorvo lentamente, derramadas em versos únicos neste corpo que ora habito. 

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