Um dia como outro qualquer
Um vento que sopra abafado
Um céu de nuvens carregadas
Um nó que aperta no peito.
Um jeito que parece incerto
Um gesto como se fosse o único
Um gosto amargo que sobra na boca.
O fel.
Um momento que é quase nada
Um tempo que se desfaz inteiro
Um rio que vai dar no mar
Um cais outrora repleto.
Nem ao menos um navio
Nem se ouvia alguém por perto
Nem se eu implorasse um breve adeus.
Só eu ali, alone, e mais ninguém.
Por que me fiz deserto?
Que lindo... me identifiquei muito nesse momento com esse poema. Parabéns amigo!
ResponderExcluir