Dorme, menino bonito,
dorme.
Deixa o seu corpo arriar,
que o que eu guardo em mim é o
pouso infinito,
feito o céu que se desmancha em azul
na superfície
inquieta do mar.
Esse mar que jamais descansa,
que balança nas ondas
da praia
num eterno pra lá e pra cá.
Esse mar de ressaca e esperança.
É só
o mar de quem sabe o que é amar.
Sonha, menino, sonha.
Deixa o inconsciente chegar,
que eu trago em meu peito os delírios
mais lindos,
desses que nos dão asas e brilho
e por aí evaporam, nos deixam soltos no ar.
Toca, menino, toca
com
todos os seus anseios o meu coração,
diz que jamais vai embora,
repete baixinho aqui no meu ouvido
que nesse mundo a gente não se
perde mais não.
Deixa, menino, deixa
eu
tentar fazer o que eu ainda não fiz.
Deixa o tempo dizer e mostrar
que é mais do que hora de saber ser feliz.
Fica, menino, fica
comigo na minha vida,
seguindo na mesma estrada,
dedilhando as cordas numa outra lira.
Faz de mim teu único instrumento,
costura na minha
carne todos os momentos,
esculpe, molda, talha, nó.
Te amo, menino, te amo.
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