segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Diários I

Escrevo por ansiedade. Não que eu saiba escrever ou mesmo entenda o que escrevo. Não. Eu finjo. Desde que soube que todo poeta é um fingidor que eu finjo. Invento os versos. Conto as histórias. Junto frases despudoradamente, confesso.
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Eu preciso parar o tempo, me esconder das horas, fugir dos minutos. Há poucos segundos corri na janela em busca de um vento. Estava mesmo sem ar. Então invento histórias para prestar atenção em mim. Um estalar de coisas, de cores desconexas, de frases que refrescam as tintas nas minhas paredes. Feito a pele branca que me encosta e eu me enrosco, toco, aliso, quero e gozo.
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Pode ser que ao abrir os olhos eu não me reconheça. Pode ser que assim, depressa, tudo passe e eu nem perceba. Por que risco o traço sem certeza? Isso pouco importa, tanto faz. Eu fiz e sou e sigo as mesmas pistas de anos atrás.

2 comentários:

  1. É Márcio, você está envolvendo a familia toda. Eu não digo "meu poeta predileto" eu digo "meu amigo, é um grande poeta"!!!!!!!!Bjs

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