quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Poesia é bom e eu gosto

Tem dias que acordo com umas palavras soando em minha mente. Aí eu sento e deixo as palavras soarem com mais clareza pra eu poder ouvi-las e escrevê-las. Quando mais novo usava meu caderno, hoje tenho este blog. O caderno ficava guardado até que um dia eu resolvesse mostrar a alguém o que havia nele. O blog, não. Aqui só não lê o que eu escrevo quem não quer.


Enquanto isso

Corre-me o tempo com a mesma doçura de quando eu era apenas uma criança.
Lava-me a chuva breve tal qual a tarde quente entre tantos outros campos.
Conta-me uma história, daquelas que nos fazem dormir em sonhos de menino.
Livra-me das amarras que me prendem aos encantos de nem saber por que partir.
Deixa-me ficar. Deixa... deixa...

Sinto-me dissolver em brumas leves até que ondas de otimismo invadem minha noite.
Fixo-me nos olhos da penumbra que aquece meu quarto enquanto a infância dorme ao lado.
Largo-me entre as palavras que me soam como o canto que assobia e eu via e ria. Eu cria.
Encanto-me ao ver que o passado já não mais habita em minha mente e eu sigo.

Enfrento-me. Despeço-me. Impeço-me. Desbravo-me.

Enquanto isso me encontro.

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