
Outro dia comentei num blog de uma amiga minha, a Adriana Pinheiro, aquela da receita de cuscus marroquino, que ir ao cinema sozinho é comigo mesmo. Eu curto e vários de vocês devem curtir também. Mas o que me chamou a atenção foi que simultaneamente ao escrever a frase meu pensamento me soprava "ir ao cinema sozinho ou comigo mesmo?" e este jogo de palavras até agora está martelando minha cabeça. Afinal, eu vou ao cinema sozinho ou comigo mesmo?
Alguns psicólogos teimam em afirmar que quando somos crianças temos amigos invisíveis. Eu posso garantir que nunca tive. Meus filhos também me garantem que nunca tiveram unzinho sequer. E eu acredito neles. Mas quem sou eu para duvidar dos psicólogos, né? Todos tão empenhados em entender a mente humana, tarefa que eu considero ingrata pra caramba, aliás. E pretensiosa também, convenhamos. Confesso que já tentei entender a minha. Só a minha. Mas desisti faz tempo.
O certo é que eu nunca tive um amigo invisível, mas ouço vozes. Sim. Ouço minha voz interior o dia inteiro. A mesma voz que me disse "ir ao cinema sozinho ou comigo mesmo?" enquanto eu comentava no tal blog da minha amiga. E ela fala comigo sem parar. Não sei se é a voz da razão, se é o tal do livre arbítrio, ou se é minha parcela de esquizofrenia que teima em me dar um alô. Só sei que tem horas que rola um bate-papo infernal dentro da minha cabeça. Eu comigo mesmo. Daí que eu começo a achar que nunca estou sozinho porque, mesmo que eu esteja pensando que eu estou sozinho, eu estou comigo mesmo e esse comigo mesmo fala pelos cotovelos. Vai ver é por isso que eu sou capaz de ficar horas calado, sem falar uma palavra sequer. Completamente mudo, o que deixa uns e outros intrigados até. Na verdade estou só prestando atenção no que eles estão falando. Afinal, desde pequeno eu dou muita atenção ao que me dizem.
Marcio,
ResponderExcluirtu está é doido mesmo! hahaha!
Todavia, eu tive um grande amigo invisível na infância. Por onde ele anda agora não sei, mas tenho certeza que voltará lá pelos 80 e tal. Melhor que aquele amigo alemão... como é mesmo o nome?... Ah! Alzheimer! Viu só??!!
Será que é loucura, Raulzito?
ResponderExcluirE este tal de Alzheimer que não venha me perturbar! Ai dele... hehehehe!
Então...lendo seu blog, notei q eu Odeio ficar sozinha... e preencho a mh vida c pessoas, festas e agitos....Só me sinto bem, cercada de pessoas, e Nunca iria ao cinema sozinha!!!!
ResponderExcluirA solidão é algo q me amedronta... prefiro viver mau acompanhada do q só!!!!
Nunca tive amigos imaginários.... mas sempre tive medo de ser Só!!!!!!
Apreoveito a oportunidade p parabenizar seu blog..sou sua primeira fã...das antigas!!!
Espero q um dia chegue o convite p o lançamento do seu livro!!!!!
Só quando você era pequeno que escutava as pessoas e por isso vai sozinho. Eu vou acompanhado de mim mesmo.
ResponderExcluirMarcio,
ResponderExcluirolha esta que li agora:
"Quando ninguém acredita no seu amigo imaginário, vc é um esquizofrênico. Quando todo mundo acredita, vc é o Papa".
Caralho estou mto feliz...
ResponderExcluirPensei que eu era o único maluco que ouvia a minha voz falando comigo o dia inteiro...
Tento fazer ela calar mas é impossível... é como se tudo que eu pensasse se transformasse em palavras e ficasse falando na minha cabeça... não da pra silenciar...
Que bom que eu não sou maluco =]
Ou será que nós dois somos??
hauhauhaa
Adorei o texto
Abraços!!