domingo, 19 de junho de 2016

Final infeliz

Há amores que são feito um câncer:
quando surgem, nos destroem por completo,
nos arrebatam, nos tiram o chão.
nos deixam totalmente cegos.

São do tipo que se espalham por todo o corpo:
órgãos, pele, língua, boca, pulmão.
Criam feridas, viram metástases,
contaminam e matam sem dó nem perdão.

Esses amores são os doentios,
os que nos levam à derrocada.
Cravam uma facada em nosso peito
e enchem a nossa cara de porrada.

Da classe de amores que são tão ruins,
daqueles que devemos extirpar,
eliminar de uma vez da nossa vida
feito tudo aquilo que não presta.

Esses amores são finitos
e da história deles nada resta.
Por mais que no início tenha sido tudo tão bonito,
cedo ou tarde ele diz: não te amo mais.

Há amores com final infeliz.
















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