domingo, 8 de setembro de 2013

Sem predicados

O tiro na testa foi certeiro. Ele não sentiu nada. Nem tampouco sentira o vento forte que levantara a poeira segundos antes, a mesma poeira que lhe sujara a face. Tombou o corpo pesado na esquina escura. Da cintura pra cima, calçada. As pernas, desajeitadas, no meio da rua. Mal anoitecera e a lua já despontava no céu sem nuvens. O estampido. O por quê. O acaso. Tudo mais ficara oculto. E o sujeito ali sem predicados. Quem era ele mesmo?

Nenhum comentário:

Postar um comentário