segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Vem

Vem, me dá a sua mão.
Quero correr contigo as estradas do destino,
ver brotar todo o amor que eu plantei
ainda sementes nestas terras quando menino.

Vem comigo.
Eu lhe prometo ser fiel até o fim.
Vou lhe contar tantas histórias,
deixar você saber ainda mais de mim.

São tantas coisas que você nem imagina:
os lugares por onde andei,
as vezes que me perdi, os passos que dei em falso,
as outras tantas em que caí.

Conte-me as coisas que eu também não sei.
Entregue-me aquelas cartas amareladas,
leia-me seus versos guardados no fundo da gaveta.
Aqueles que jamais recebi.

Tenho mapas refletidos em meus olhos,
trago bússolas presas em minhas mãos.
Veja: meu rosto é marcado, meu sorriso é indiscreto.
Guardo em meu peito segredos que vão lhe tirar do chão.

Vem,
sem você não vou acertar o caminho.
Vou procurar por atalhos, inventar mil desculpas.
Vou querer sair cedo, cerrar as cortinas do meu palco vazio.





2 comentários: